quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Festa da Imaculada Conceição - Santarém/PA.


A partir do século VIII celebravam-se em vários conventos do Oriente festas em louvor da Imaculada Conceição.
Em 1166 o Imperador Manuel Comneno declarou a festa como feriado nacional.
Do Oriente ela veio para o Sul da Itália, donde passou para a Normandia.
Mais tarde, os franciscanos tornaram-se os maiores propagadores da festa.
Logo após, a questão foi levada para as discussões teologais, as quais se sucederam de modo a desenvolver e esclarecer as provas referentes ao, até então, título Imaculada Conceição.
Assim, aos 8 de dezembro de 1854, o Papa Pio IX declara a Imaculada conceição como Dogma de fé, confirmando que a Mãe de Deus foi concebida, foi gerada sem a mancha do pecado devido a um especial privilégio divino.
Maria é a primogênita de Deus por ter sido predestinada juntamente com o Filho nos desígnios divinos.
“Eu saí da boca do Altíssimo, a primogênita antes de todas as criaturas”. (Eclo 24, 5)
Portanto, a Mãe do Senhor não podia ser escrava de Lúcifer em nenhum instante, Deus a separou, Ele quis criá-la em graça.
Santo Agostinho diz que “nem se deve tocar na palavra pecado, em se tratando de Maria; e isso por respeito Àquele de quem mereceu ser a Mãe, o qual a preservou de todo o pecado e, por sua graça”.

Desse modo, é de fundamental importância homenagearmos a Mãe Imaculada, por isso a Santa Igreja decretou o dia da Imaculada Conceição como dia de preceito, dia em que devemos participar da Santa Missa em honra à toda pura Virgem Maria.
Procissão da Festa

DATA: 08 de dezembro de 2012
HORÁRIO DE SAÍDA: 18h00
LOCAL DE SAÍDA: Em frente a Catedral de Nossa Senhora da Conceição
LOCAL DE CHEGADA: Elevado da Praça da Matriz - Com Celebração da Santa Missa na chegada

É a mais antiga Procissão da Festividade de Nossa Senhora da Conceição, além de ser a mais curta que circula em ruas da Paróquia da Catedral até o Elevado da Matriz, a qual anuncia o encerramento da Festa deste ano.

Muitos fiéis acompanham esta caminhada emocionados, com certeza já com saudades e rogando à Maria que estejam presentes na próxima Festa.


quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Assunção de Nossa Senhora

Assunção de Nossa Senhora,15 de agosto , celebramos o fato ocorrido na vida de Maria de Nazaré, proclamado como dogma de fé, ou seja, uma verdade doutrinal, pois tem tudo a ver com o mistério da nossa salvação. Assim definiu pelo Papa Pio XII em 1950 através da Constituição Apostólica Munificentissimus Deus: "A Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre foi assunta em corpo e alma à glória celestial."

Antes, esta celebração, tanto para a Igreja do Oriente como para o Ocidente, chamava-se "Dormição", porque foi sonho de amor. Até que se chegou ao de "Assunção de Nossa Senhora ao Céu", isto significa que o Senhor reconheceu e recompensou com antecipada glorificação todos os méritos da Mãe, principalmente alcançados em meio às aceitações e oferecimentos das dores.

Maria contava com 50 anos quando Jesus subiu ao Céu. Tinha sofrido muito: as dúvidas do seu esposo, o abandono e pobreza de Belém, o desterro do Egito, a perda prematura do Filho, a separação no princípio do ministério público de Jesus, o ódio e perseguição das autoridades, a Paixão, o Calvário, a morte do Filho e, embora tanto sofrimento, São Bernardo e São Francisco de Sales é quem nos aponta o amor pelo Filho que havia partido como motivo de sua morte.

É probabilíssima, e hoje bastante comum, a crença de a Santíssima Virgem ter morrido antes que se realizasse a dispersão dos Apóstolos e a perseguição de Herodes Agripa, no ano 42 ou 44. Teria então uns 60 anos de idade. A tradição antiga, tanto escrita como arqueológica, localiza a sua morte no Monte Sião, na mesma casa em que seu Filho celebrara os mistérios da Eucaristia e, em seguida, tinha descido o Espírito Santo sobre os Apóstolos.
Oração a Nossa Senhora da Assunção
Ó dulcíssima soberana, rainha dos Anjos,
bem sabemos que, miseráveis pecadores,
não éramos dignos de vos possuir neste vale de lágrimas,
mas sabemos que a vossa grandeza
não vos faz esquecer a nossa miséria e,
no meio de tanta glória, a vossa compaixão, longe de diminuir,
aumenta cada vez mais para conosco.
Do alto desse trono em que reinais
sobre todos os anjos e santos,
volvei para nós os vossos olhos misericordiosos;
vede a quantas tempestades e mil perigos
estaremos, sem cessar,
expostos até o fim de nossa vida.
Pelos merecimentos de vossa bendita morte,
obtende-nos o aumento da fé,
da confiança e da santa perseverança
na amizade de Deus, para que possamos, um dia,
ir beijar os vossos pés e unir as nossas vozes
às dos espíritos celestes,
para louvar e cantar as vossas glórias eternamente no céu.
Assim seja!
OREMOS:
Deus eterno e todo-poderoso, que elevastes à glória do céu em corpo e alma a imaculada Virgem Maria, Mãe do vosso Filho, dai-nos viver atentos às coisas do alto, a fim de participarmos da sua glória. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.
Nossa Senhora da Assunção, rogai por nós.

domingo, 5 de agosto de 2012

Nossa Senhora da Conceição


Dom Lino Vombömmel - Há 5 anos (Um Dom de DEUS para o povo de Santarém)
1985 – 2007.
Nasceu em Águas Mornas, Teresópolis em Santa Catarina, 24 de julho de 1934 , faleceu aos 73 anos.Foi sagrado bispo em Santarém no dia 15 de agosto de 1981. Foi a primeira ordenação episcopal acontecida no município.
“ Dom Lino era um pastor, dedicado, abnegado, generoso, cordial, fraterno todos esses títulos e ao mesmo tempo humilde e humano".

Falecido em 06/08/2007 às 15 horas (horário de Brasília) , no Hospital Municipal de Santarém; foi sepultado na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, em Santarém, ao lado de Dom Amando Bahlmann e Dom Tiago Rian. 

A equipe de médicos que cuidou do Bispo na época, informou que  a morte aconteceu por causa de um traumatismo craniano e não devido a um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
 “Ele morreu decorrente de um trauma que provavelmente aconteceu em conseqüência do desmaio. O coração dele falhou”.
Informaram que o quadro era grave, evoluiu e se tornou irreversível, e  que  também o que  contribuiu para o agravamento do caso foi a idade do Bispo. “No início foram feitas cirurgias na tentativa de mudar o quadro clínico. Foi feita também uma remoção de um coagulo, só que por uma série de restrições, inclusive do paciente e do trauma em si, evoluiu para um quadro de coma severo”.

SEU MINISTÉRIO
Dom Lino foi bispo em Santarém durante 26 anos; era franciscano da Ordem dos Frades Menores (OFM), tendo recebido a ordenação presbiteral em 1962 e a episcopal em 1981. Renunciou em 28 de fevereiro de 2007 ao governo da diocese de Santarém, tornando-se bispo emérito.
Seu primeiro trabalho como presbítero, foi no Japão onde permaneceu por três anos, de 1964 a 1967, dedicando-se ao estudo da língua e cultura Japonesas. Nesse período, dedicou-se também ao trabalho pastoral junto aos católicos japoneses e fundou, no Brasil, a Pastoral Nipo-Brasileira. Antes de ser nomeado bispo de Santarém, ele foi pároco da paróquia São Francisco de Assis, na Vila Clementino, em São Paulo; coordenador do Setor Episcopal Sul da Arquidiocese de São Paulo; secretário geral da Pastoral e dos setores de atividades da Província Franciscana da Imaculada Conceição; presidente nacional da Pastoral Nipo-Brasileira. Foi, ainda, delegado apostólico para a missão Japonesa e definidor da Província Franciscana da Imaculada Conceição.
“Devemos contemplar a vida de Dom Lino como um homem de Deus, um homem de fé. Dom Lino foi um homem que muito amou Jesus, o Evangelho e os pobres”.

FORMAÇÃO CULTURAL
1º e 2º Graus - Colégio São Luiz e Tolosa em Rio Negro (PR) e Seminário de Santo Antônio em Agudos (SP) de 1950 a 1956

FORMAÇÃO SUPERIOR
• Curso de Filosofia da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil em Curitiba (PR), de 1958 a 1959
• Curso de Teologia no Instituto Teológico Franciscano de Petrópolis (RJ), de 1960 a 1963
• Franciscan Language School of TOKYO, affiliate of the Catholic University of America, Washington, D.C., de 1964 a 1966
• Curso de Filosofia na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Mogi das Cruzes (SP), de 1969 a 1970

TÍTULOS ACADÊMICOS
• Diplomado na Língua e Cultura Oriental na Franciscan Language School: Certificate n° 673
• Licenciatura em Filosofia, pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Mogi das Cruzes, em 1971

ATIVIDADES EDUCACIONAIS, CULTURAIS E RELIGIOSAS
1. Missionário e Vigário da Paróquia Pessoal Nipo-brasileira de São Paulo, de 1967 a 1977.
2. Fundador de Pastoral Nipo-Brasileira em plano nacional em l967, entidade religiosa que congrega todos os missionários católicos (padres, religiosas e leigos), que promovem a integração e a aculturação dos nipo-brasileiros na realidade de vida nacional.
3. Assistente nacional dos núcleos Nipo-brasileiros, com centros (escolinhas e cursos) promocionais e culturais, sobretudo nos Estados de São Paulo e Paraná.
4. Vigário da Paróquia de São Francisco de Assis - Vila. Clementino, de 1968 a 1971.
5. Coordenador do Setor Episcopal Sul de São Paulo, de 1970 a 1971.
6. Secretário Geral da Pastoral e dos Setores de Atividades da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, de 1972 a 1973
7. Secretário da Pastoral Nipo-Brasi1eira, de 1974 a 1976.
8. Definidor (Conselheiro) da Província, a partir de 1973 a 1979.
9. Presidente Nacional da Pastoral Nipo-brasileira, a partir de 1976.
10. Delegado Apostólico para a Missão Japonesa, a partir de 1976.
11. Vigário Provincial, de 1980 a maio de 1981
12. Ordenado bispo no dia 15 de agosto de 1981

CARGOS EXERCIDOS
• Vigário da Paróquia Pessoal Nipo-Brasileira, a partir de 1967.
• Vigário da Paróquia de São Francisco de Assis, São Paulo, de 1968 a 1971.
• Coordenador de um Setor Episcopal Sul de São Paulo, de 1970 a 1971.
• Secretário Geral da Pastoral e dos diversos Setores de atividades da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, de 1972 a 1973.
• Secretário Geral da Pastoral Nipo-Brasileira, de 1972 a 1976.
• Definidor (Conselheiro) da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, a partir de 1973.
• Membro (Sócio) da Casa Nossa Senhora da Paz, Ação Social Franciscana, a partir de 1976.
• Presidente Nacional da Pastorais Nipo-Brasileira, a partir de 1976.
• Delegado Apostólico para a Missão Japonesa, a partir de 1976.
• Vigário Provincial, de 1980 a maio de 1981
• Bispo da Diocese de Santarém, de 1981 a 2007.

Dom Lino Vombommel  “SENHOR, FAZEI-NOS INSTRUMENTOS DE VOSSA PAZ”!
Deixou muita saudades pois o povo de Santarém tem um carinho muito especial pelo bispo franciscano.


quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Nossa Senhora da Conceição


A IMACULADA CONCEIÇÃO DE MARIA
Imaculada Conceição?
Desde remota época o povo cristão professou a total pureza de Maria ou a Virgem isenta de pecado. Tal deveria ser aquela que se tornaria tabernáculo do Altíssimo, trazendo em seu seio o Filho de Deus.

A Liturgia no Oriente e no Ocidente professa essa crença do povo de Deus.
Os teólogos, porém, hesitavam a propósito, julgando que, se Maria foi isenta de pecado, ela estaria fora do âmbito da salvação trazida por Cristo.
Eis porque grandes mestres como São Bernardo e São Tomás de Aquino rejeitaram a Imaculada Conceição de Maria nos sécs. XII e XIII.
O impasse só foi resolvido quando o franciscano João Duns Scotus (+ 1308) propôs a fórmula exata: Maria teve o débito do pecado original, mas não sofreu o próprio pecado, pois foi remida por aplicação antecipada dos méritos de Cristo.
Por conseguinte, Maria deve a Cristo a sua total isenção de pecado.
Após Duns Scotus foi-se afirmando sempre mais a fé do povo católico na Imaculada Conceição a tal ponto que no séc. XIX numerosas petições formam enviadas à Santa Sé, pedindo a definição do dogma – o que ocorreu em 8/12/1854, com o Papa Pio IX.
A Imaculada Conceição é segundo o dogma católico, a concepção da Virgem Maria sem mancha (“mácula” em latim) do pecado original.
O dogma diz que, desde o primeiro instante de sua existência, a Virgem Maria foi preservada por Deus, da falta de graça santificante que aflige a humanidade, porque ela estava cheia de graça divina.
Também professa que a Virgem Maria viveu uma vida completamente livre de pecado.
A festa da Imaculada Conceição, comemorada em 8 de dezembro, foi definida como uma festa universal em 1476 pelo Papa Sisto IV.
A Imaculada Conceição foi solenemente definida como dogma pelo Papa Pio IX em sua bula Ineffabilis Deus em 8 de Dezembro de 1854.
A Igreja Católica considera que o dogma é apoiado pela Bíblia (por exemplo, Maria sendo cumprimentada pelo Anjo Gabriel como “cheia de graça”), bem como pelos escritos dos Padres da Igreja, como Irineu de Lyon e Ambrósio de Milão[2][3].
Uma vez que Jesus tornou-se encarnado no ventre da Virgem Maria, era necessário que ela estivesse completamente livre de pecado para poder gerar seu Filho.
Desde o cristianismo primitivo diversos Padres da Igreja defenderam a Imaculada Conceição da Virgem Maria, tanto no Oriente como no Ocidente.
No século IV, Efrém da Síria (306-373), diácono, teólogo e compositor de hinos, propunha que só Jesus Cristo e Maria são limpos e puros de toda a mancha do pecado.
Já no século VIII se celebrava a festa litúrgica da Conceição de Maria aos 8 de dezembro ou nove meses antes da festa de sua natividade, comemorada no dia 8 de setembro.
No século X a Grã-Bretanha celebrava a Imaculada Conceição de Maria.
A festa da Imaculada Conceição de 8 de dezembro, foi definida em 1476 pelo Papa Sisto IV.
A existência da festa era um forte indício da crença da Igreja de Imaculada Conceição, mesmo antes da definição do século XIX como um dogma.
Na Itália do século XV o franciscano Bernardino de Bustis escreveu o Ofício da Imaculada Conceição, com aprovação oficial do texto pelo Papa Inocêncio XI em 1678.
Foi enriquecido pelo Papa Pio IX em 31 de março de 1876, após a definição do dogma com 300 dias de indulgência cada vez que recitado.
Visão de São Tomás de Aquino
Alguns teólogos e Doutores da Igreja, como Santo Anselmo, São Bernardo e São Boaventura, chegaram a negar a Imaculada Conceição, mas isso deve ser entendido de acordo com o desenvolvimento da doutrina, que não permitiu a eles ver de forma clara de que forma essa doutrina mariana se encontrava implícita na Revelação divina (Bíblia + Tradição).
Sobre São Tomás de Aquino, criou-se um consenso de que ele teria, durante toda a sua vida, negado e repudiado completamente o dogma da Imaculada Conceição.
Tal consenso é falso, porque, inicialmente, este doutor da Igreja declarou abertamente que a Virgem foi pela graça imunizada contra o pecado original, defendendo claramente o dogma do privilégio mariano, que seria declarado e definido séculos mais tarde.
No livro primeiro dos comentários dos livros das Sentenças (Sent.), escrito provavelmente em 1252 e quando São Tomás contava apenas 27 anos de idade, ainda no início de sua atividade acadêmica em Paris, ele escreveu o seguinte:

“Ao terceiro, respondo dizendo que se consegue a pureza pelo afastamento do contrário: por isso, pode haver alguma criatura que, entre as realidades criadas, nenhum seja mais pura do que ela, se não houver nela nenhum contágio do pecado; e tal foi a pureza da Virgem Santa, que foi imune do pecado original e do atual.” (I Sent., d. 44, q. 1, a. 3)
Depois, Santo Tomás adotou uma postura confusa sobre o dogma da Imaculada Conceição, presente em trechos do Compêndio de Teologia e da Suma Teológica.
Como por exemplo, pode-se encontrar esta postura na segunda parte do Compêndio de Teologia (CTh.), que pertence a um período anterior ao da elaboração da III da Suma Teológica, escrito quando Tomás já contava com cerca de 42 anos de idade, sendo provavelmente do ano de 1267:
“Como se verificou anteriormente, a Beata Virgem Maria tornou-se Mãe de Deus concebendo do Espírito Santo.
Para corresponder à dignidade de um Filho tão excelso, convinha que ela também fosse purificada de modo extremo.
Por isso, deve-se crer que ela foi imune de toda nódoa de pecado atual, não somente de pecado mortal, bem como de venial, graça jamais concedida a nenhum outro santo abaixo de Cristo… Ela não foi imune apenas de pecado atual, como também, por privilégio especial, foi purificada do pecado original.
Convinha, contudo, ser ela concebida com pecado original, porque foi concebida de união de dois sexos.” (CTh. c. 224)
Mas, no final da sua vida, São Tomás retornou à sua tese original favorável ao dogma mariano.
A sua defesa encontra-se no texto Expositio super Salutatione angelicae, sermão de um período em que ele já contava 48 anos de idade, provavelmente do ano de 1273:
“Ipsa enim purissima fuit et quantum ad culpam, quia ipsa virgo nec originale, nec mortale nec veniale peccatum incurrit”. [“Ela é, pois, puríssima também quanto à culpa, pois nunca incorreu em nenhum pecado, nem original, nem mortal ou venial”
Este retorno à tese original encontra-se também em várias obras da época final de São Tomás, como por exemplo na Postiila Super Psalmos de 1273, onde se lê no comentário do Salmo 16, 2: “Em Cristo a Bem-Aventurada Virgem Maria não incorreu absolutamente em nenhuma mancha” ou no Salmo 18, 6: “Que não teve nenhuma obscuridade de pecado”

Definição dogmática

Em 8 de dezembro de 1854, Pio IX, na Bula Ineffabilis Deus, fez a definição oficial do dogma da Imaculada Conceição de Maria. Assim o Papa se expressou:
“Em honra da santa e indivisa Trindade, para decoro e ornamento da Virgem Mãe de Deus, para exaltação da fé católica, e para incremento da religião cristã, com a autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados Apóstolos Pedro e Paulo, e com a nossa, declaramos, pronunciamos e definimos a doutrina que sustenta que a beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha de pecado original, essa doutrina foi revelada por Deus e, portanto, deve ser sólida e constantemente crida por todos os fiéis.”