sábado, 28 de março de 2015

Domingo de Ramos

O Domingo de Ramos abre solenemente a Semana Santa, com a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, recebido com ramos de palmeiras.
Jesus, justo e salvador, humilde, montado em um jumento, parte da multidão estendeu as suas vestes pelo caminho, e outros cortavam ramos de árvores, espalhando-os pela estrada.
E as multidões, tanto as que o precediam como as que o seguiam, clamavam: Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas maiores alturas!
Embora Jesus montasse um simples jumento, o cortejo caminhava, alegre e digno, Jerusalém transformou-se, era uma cidade em clima de festa.
Mas, aquele povo era superficial e mundano, julgava que Jesus fosse um Messias político, um libertador social que fosse arrancar Israel das garras de Roma e devolver-lhe o apogeu dos tempos de Salomão. E nisso estavam equivocados, enganados: Ele não era um Rei deste mundo!
A entrada de Jesus em Jerusalém foi uma introdução para as dores e humilhações que logo Ele sofreria.

Nosso Senhor olhando pesaroso e quase severo para a multidão, para Ele, o interior daquelas almas não oferecia segredo, Ele percebia a insuficiência e a precariedade daquela ovação.
Apenas uma pessoa percebia o que estava acontecendo com Jesus e sofria com Ele, essa pessoa oferecia sua dor de alma como reparação de seu amor puríssimo a Nosso Senhor: era Nossa Senhora.
A versatilidade e ingratidão dos judeus que assistiram a entrada de Jesus em Jerusalém, nos espanta, assim como o proclamaram com a mais solene recepção o reconhecimento da honra que se deveria ter ao Divino Salvador, pouco depois, a mesma multidão que o homenageou movida por seus milagres, virou-lhe as costas e pediu sua morte com um ódio que chega a parecer inexplicável.
Muitas vezes louvamos a Cristo e nos enchemos de boas intenções para seguir os seus ensinamentos, porém, ao primeiro obstáculo, nos deixamos levar pelo desânimo, ou pelo egoísmo, ou pela falta de solidariedade e, mais uma vez, por esse desamor, alimentamos o sofrimento de Jesus.
Para nossa salvação é útil refletirmos em nossas fraudes e defeitos, com os olhos postos na bondade de Deus, assim, poderemos conseguir a emenda e o perdão para nossas próprias perfídias pois, quem peca expulsa Deus de seu coração, rompe as relações filiais entre criatura e Criador e repudia Sua graça.
O Domingo de Ramos exterioriza o acolhimento, a aceitação de Jesus, no coração e na vida de quem crê, mas precisamos tomar muito cuidado, para que o nosso canto de Hosana, não fique no oba-oba do entusiasmo momentâneo, pois proclamá-lo nosso Rei e Senhor, significa responsabilidade, e a experiência profunda da conversão sincera, a prática de uma espiritualidade que ultrapassa a religiosidade ou o simples devocional, e que nos coloca na linha do discipulado que requer a disposição interior em doar-se totalmente a esta causa.

quarta-feira, 25 de março de 2015

A Anunciação - Alegra-te Cheia de Graça

A Anunciação revela também à Trindade: O Pai envia o Filho, encarnado por obra do Espírito Santo. E a Igreja canta: E a Palavra se fez carne e veio morar entre nós.